a Marlene Araujo
No Oriente nada é médio:
tudo é extremamente nada
em meio à guerra
(solo encharcado de sangue,
a vida respirando o terror).
No Oriente (na Síria ou em Gaza)
as armas brincam com as crianças,
ensinando: a paz, um lenço branco
– as oliveiras choram na Palestina
sobre os cadáveres dos pequeninos.
Dentro da noite, o Hamas ataca Israel
para degolar os judeus recém-nascidos
que nem sabem sobre o lenço branco.
Os meninos do Oriente Médio sonham
com o céu azul e a placidez das nuvens,
porque a vocação da vida é a harmonia;
todo o resto, arquitetura da destruição.