Onde estava a musa, quando o poeta
guardou aquelas manhãs em florais?,
com os olhos de melancolia em fogo
(tanta pureza escorria de suas mãos
e transbordava em timidez).
Estaria a ninfa distraída na manhã?,
quando o poeta se guardava atônito
disfarçando a melancolia, a timidez
sem saber o que fazer com a pureza
que escorria encantada de seus olhos.
Onde a musa?, quando o jovem poeta
dissolvia, devagar, as nuvens escassas
ofertando o buquê de brisa flamejante
no desejo da primavera em delírio.