a Daniela Mello
Clarice tinha os olhos verdes
(do verde que visita o Pacífico)
daquele intenso das esmeraldas
(da esperança incendiada na vida).
Os olhos de Clarice eram profundos
– até quando pode ser o infinito –
mergulhados num veio melancólico
de quem sabe a vida puro mistério.
Clarice conheceu o amor, a paixão:
seus olhos profundos só viam João
adjetivando seus sonhos de ser feliz
(ela sabia do feminicídio pelo jornal).
João, todo ódio, esganou Clarice.
Clarice morreu com olhos abertos
e aquelas duas esmeraldas esféricas
pareciam gritar: — Até quando?
Caros leitores, para aprofundamento sobre a questão da mulher indico o site da amiga, advogada e professora Daniela Mello www.xegamiga.com.br